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Letras & Notas

Com os pés enterrados na areia da praia e os olhos no horizonte

Letras & Notas

Com os pés enterrados na areia da praia e os olhos no horizonte

Sinceramente...

10.09.24 | Bento Soares Dias

Estava perdido nos meus pensamentos quando de repente tive uma epifania, o que em mim não é muito comum.

x-y=z

Só pode ser isto. Porque é que não me lembrei disto antes?

Então vamos lá revelar a minha epifania.

A idade da reforma é aos 66 anos e 4 meses e com 40 anos de descontos. Isto na grande maioria dos casos.

Lá apliquei os números e deu: 796 – 480 = 316 meses.

Explicando:

796 meses = 66 anos e 4 meses (idade da reforma atual)

480 meses= 40 anos de descontos

316 meses=26, 3 (3) anos

Quer isto dizer que se o pessoal mais novo começar a descontar aos 26,3 anos, quando perfizer os 40 anos de descontos ficará com a reforma completa.

Até aos 26,3 anos ou não trabalham ou trabalham e não descontam.

Isto serve para o ano de 2024, porque já sabemos que em 2025 a idade da reforma vai subir para os 66 anos e 7 meses e para 2026, para os 68 anos.

É só aplicar os números à equação.

Vou já alertar o pessoal mais novo para analisar a possibilidade de gozar a vida antes de começar a descontar, porque depois poderá ser tarde demais, como estamos a ver com as projeções já anunciadas.

Isto não tem qualquer importância, mas apeteceu-me partilhar convosco esta minha "variação" de pensamento.

O "Banco dos Reformados"

05.09.24 | Bento Soares Dias

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Estava aqui a pensar com os meus botões, eu penso muito com eles e por vezes até lhes peço opinião sobre algum assunto que tenho de tratar.

Dizia eu. Estava aqui a pensar no meu dia-a-dia, no que tenho de inventar para fazer, para me manter ocupado, não cair no ócio…essas coisas que quando deixamos de trabalhar temos de engendrar para não padecermos de inércia.

Anda uma pessoa a pensar na reforma uma vida inteira e depois temos de nos aborrecer com o que vamos fazer agora. Não é depois, é agora.

Bom, aqui na minha terra existe um banco em frente ao mar onde se juntam os reformados, como existe em tantas outras terras. Mas naquele banco não se joga às cartas, nem se bebe um tintol, nada!

Naquele banco fala-se, pensa-se a olhar o mar, sempre a olhar o horizonte.

Foi, portanto, naquele banco que resolvi parte da minha preocupação.

Trabalhar, para mim, em casa de manhã e socializar à tarde.

Mas a minha chegada ao banco dos reformados não foi pacífica. Fui bem recebido, claro que sim. Todos me conhecem e eu conheço-os todos.

O problema é o banco, só dá para quatro reformados e eu era o quinto, portanto, quando alguém se atrasa fica de pé!

Mas lá chegámos a acordo e tomamos duas resoluções, a saber:

  • Implantámos o sistema de rotatividade;
  • Vamos fazer um requerimento à Câmara aqui da terra para colocar mais um banco ou então colocar um banco em “u”. Esta solução foi a que colheu maior aceitação. Eu também votei a favor.

O “banco dos reformados” é um local fabuloso e como gostamos muito de lá estar, principalmente eu, vamos enviar o requerimento já na próxima 2ª feira.

Do “banco dos reformados”, o primeiro com este nome na minha terrinha, vê-se tudo, até o que não queremos ver!

Já me esquecia. Vamos também pedir para mudar as árvores para uma zona onde se apanhe sombra a partir do meio-dia. É que houve algum “esperto” que colocou as árvores a montante do banco e por isso apanhamos um escaldão da parte da tarde.

Estamos todos bronzeados sem meter um pé na praia!

Doce malandrice

01.09.24 | Bento Soares Dias

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Não sei se é um efeito das férias ou da pré-reforma, mas não me apetece escrever.

Quem sabe, quando começar o inverno a vontade se sobreponha a este sentimento de "malandrice".

Esperar para ver...como o pato.